segunda-feira, 3 de junho de 2019

Discurso de José Costa, Presidente do SPGL, na tomada de posse dos Corpos Gerentes do SPGL, para o próximo Quadriénio 2019 - 2013

Quero começar por saudar e agradecer a presença: 

Da CGTP, na pessoa do seu Secretário-geral, dos camaradas coordenadores das uniões de sindicatos da coordenadora da Frente Comum, dos camaradas coordenadores dos Sindicatos que integram a Fenprof, dos nossos sócios, restantes convidados.

Quero também felicitar os camaradas que, participando neste processo eleitoral como candidatos, foram eleitos para os Corpos Gerentes do SPGL para o próximo quadriénio 2019-2023. Estendo também esta saudação aos camaradas que, por força da escolha da maioria dos sócios, não foram eleitos. 

Os sócios votaram maioritariamente na Lista S, para a Direção Central e para a MAG, renovando a confiança na atual direção. Este é um facto inegável que ato nenhum pode desmentir, pois a diferença de 639 votos clarificou largamente essa escolha. 

Os sócios votaram maioritariamente na Lista S para a Direção Regional de Lisboa, tendo esta lista ganho por uma diferença de 405 votos. 

Os sócios votaram também maioritariamente na Lista S para a Direção Regional do Oeste onde esta Lista ganhou por uma diferença de 370 votos. 

Os sócios votaram maioritariamente na Lista A para a Direção Regional de Setúbal, tendo esta lista ganho por uma diferença de 62 votos, 

Votaram também maioritariamente na Lista A para a Direção Regional de Santarém onde esta Lista ganhou por uma diferença de 52 votos. 

Os sócios votaram ainda maioritariamente na Lista S, em todas as votações para as Áreas Académicas do Ensino Superior. 

De acordo com o método de Hondt, a Lista S elegeu para o Conselho Geral dezoito membros, a Lista A, 13 membros e a Lista C, um membro. 

Ainda de acordo com este método a Lista S elegeu para o Conselho fiscal 3 membros e a Lista A dois. 

.A Lista S apresentou-se como a Lista da continuidade, a Lista que assumia o trabalho desenvolvido pela anterior direção, coletivo que, aliás, integrou maioritariamente este projeto de continuidade, mas que procurou sempre renová-lo com a entrada de novos candidatos que, na sua esmagadora maioria, já tinham provas dadas no ativismo sindical docente. 

Os sócios, ao votarem maioritariamente na Lista S, reconheceram a nossa presença nas escolas. 

Sim, camaradas, a nossa presença nas escolas. Esta sempre foi e continuará a ser a matriz do SPGL. 

Foi a 2 de maio de 1974, ainda com o perfume de abril no ar, numa reunião geral de professores, inicialmente prevista para a Escola Preparatória Manuel da Maia em Lisboa e, posteriormente, transferida para o então Pavilhão dos Desportos devido à afluência de milhares de professores que nasce o SPZGL, depois SPGL. 
Reunião que elege ainda para a Comissão Instaladora Provisória desta estrutura, Homens e Mulheres profundamente ligados à constituição dos Grupos de Estudo do Pessoal Docente do Ensino Secundário. 

Homens e mulheres que tiveram a coragem suficiente para, em pleno Fascismo, se organizaram para lutar pelos direitos dos Professores. 

Foi também, já em pleno período revolucionário que, diretamente nas escolas, sempre com os Professores, se exigiu a Gestão Democrática, as colocações por concurso, a obrigatoriedade da formação dos professores, um Estatuto para os Professores, o reajustamento da letra, a construção de uma carreira e tantas outras justas reivindicações. 

Este Sindicato esteve com os Professores, quando se lutou no ensino superior por um sistema único integrado e diversificado e também por uma carreira docente no Politécnico com elevados padrões de qualidade. 

Mais recentemente, em 2007, estivemos também com os Professores, quando foi materializado um profundo ataque à Carreira Docente perpetrado por Maria de Lurdes Rodrigues e por uma equipa incompetente que, na 5 de Outubro, pautou a sua atuação pela mais abjeta tentativa de humilhação da Classe Docente. 

Este ataque fazia recuar, por via da alteração do ECD, a situação profissional dos Professores aos anos 80. 

Foi também este o período do maquiavélico e doentio processo de avaliação dos Professores, que nunca foi aplicado na íntegra porque os professores foram resistindo ao processo e à insidiosa campanha contra eles montada na opinião pública pelo governo da altura e com a ajuda de fervorosos pontas de lança, alguns dos quais ainda andam por aí. 

Foi também com os Professores que estivemos na luta contra o fim da Gestão que, de democrática, já pouco tinha, foi o período do retorno do diretor à Escola. 

Depois, foi a chegada dos Mega agrupamentos e do ataque desbragado à atividade sindical, com a Lei 59/ 2008, cuja característica mais visível era perverter totalmente a representatividade dos maiores sindicatos. 

O SPGL, o maior Sindicato de Professores português, teve uma redução de cerca de 2/3 dos seus créditos para o trabalho sindical. Apesar destas dificuldades, a ligação às escolas, matriz determinante deste sindicato, manteve-se. 

Continuamos e queremos continuar a estar presentes nas escolas e na nossa área de influência sindical; nenhum outro sindicato de professores o faz como nós. 

A nossa visibilidade nas escolas é e sempre será uma realidade, mas também nas ruas, quando, por exemplo, em 2008 os Professores expressaram nas ruas o seu descontentamento, nas manifestações realizadas no consulado de Maria de Lurdes Rodrigues. O SPGL lá estava, com grande visibilidade, marcando a sua presença. 

E foi também com os professores que estivemos no novo ciclo que se iniciou em 2011: era o momento de Passos, Portas e Crato na Educação, chegava a Troika. Empobrecer o país era o objetivo. 

O ataque à escola pública enquanto motor de transformação social, assumiu dimensões jamais vistas. 

A escola pública passou a ser objetivamente degradada, a intenção era clara: criar espaço para a privatização da educação. 

Mas também aqui os professores souberam resistir, foram eles e os seus sindicatos, nomeadamente os da FENPROF, que derrotaram a tentativa do aumento do horário de trabalho para as 40 horas, o que implicava o despedimento de milhares de Professores. 

A greve às avaliações finais de 2012 teve, na área do SPGL, níveis de adesão de praticamente 100%. 

Para isso, muito contribuiu a nossa implantação nas escolas, o acompanhamento que quase diariamente fazíamos e que ajudou significativamente a criar dinâmicas entre os professores, as quais contribuíram decisivamente para o êxito desta luta. 

Aqui, foi também o SPGL que, mais uma vez, esteve presente nas escolas. 

Mas foram também os Professores e os seus sindicatos que derrotaram a PAC e que, enquadrados nas lutas com os outros trabalhadores da Administração Pública, travaram o processo de Municipalização da Educação, retomado na atual legislatura. 

Foram os Professores que ajudaram a criar condições para travar a requalificação, acabando com uma lei que permitiria o despedimento de milhares de Funcionários Públicos, Professores incluídos. 

Mas, como é óbvio, não estamos sozinhos, nem nunca quisemos estar. 

Participámos sempre de forma ativa, empenhada e solidária na vida da nossa Federação, a FENPROF. 

Foi ativa e empenhadamente que participámos na vida da CGTP e é da mesma forma que participámos nas atividades da FRENTE COMUM, estrutura que, aliás, sempre reconhecemos como uma Plataforma de grande capacidade de negociação e intervenção. 

A atual solução governativa, viabilizada pelos partidos da esquerda parlamentar, criou nos Professores justas expetativas. 

Não deixando de reconhecer que houve algumas mudanças, positivas, nomeadamente na recuperação de alguns rendimentos, em alguns setores da população, no descongelamento de carreiras e na mudança até de alguns paradigmas ideológicos, a verdade é que muitas das justas expetativas saíram goradas. 

Continuamos com a sobrecarga dos horários de trabalho que, associado ao desgaste provocado pelo prolongamento da idade ativa dos professores, tem implicado uma acelerada degradação das condições de trabalho nas escolas. 

Mantém-se o flagelo da precariedade, que continua a assolar ainda milhares de professores e que permite que colegas nossos com duas e três décadas de profissão estejam, ainda, por vincular. 

Continuamos a verificar uma ausência de respostas às nossas propostas de recuperação integral do tempo de serviço trabalhado e não contado. 

Estes são os desafios que temos pela frente, mas sempre os enfrentámos, nas escolas, sempre com os Professores e eles sabem disso; a nossa presença nas escolas é reconhecida, mesmo na discordância. 

Vão surgindo recentemente, estruturas, tenho alguma relutância em chamar-lhes sindicatos, às quais alguma Comunicação Social dá grande relevância e cuja principal atuação é centrada em reivindicações que, normalmente, isolam uma parte do todo. 

São exemplos do que referi atrás a greve de alguns Enfermeiros por uma carreira específica, isolando-se do resto da sua classe profissional. Outro exemplo, a greve dos motoristas de materiais perigosos. 

Este é um caminho perigoso de quem vê a árvore mas não vê a floresta, ou não que ver. Sindicalismo não é afunilar, é alargar, enquadrar, ver o todo e não só a parte. 

Olhar para o todo também faz parte da história do SPGL pois foi com essa visão que ajudámos a construir a Carreira Única e uma Escola para Todos. 

Essa é a perspetiva que não podemos perder. O todo, a Floresta e não só a árvore. 

Temos uma história de 45 anos, não aparecemos agora. Assumimos essa história e esse projeto que é e sempre foi coletivo, não um projeto de vontades e vaidades pessoais. 

Sindicalismo é honestidade, até na discordância profunda de opiniões. 

Pode e deve ser também um espaço de companheirismo. 

Agora, vem aí o Congresso da Federação da nossa FENPROF, a 14 e 15 de junho, o 13.º Congresso Nacional de Professores, cujo lema é: “ Carreira Docente Dignificada, Condição de Futuro “ 

O SPGL estará lá como sempre esteve, desde o Congresso constituinte da Federação em Abril de 1983 , de corpo e alma, propositivo e solidário. 

Aliás, não poderia ser de outra forma. 

Estaremos lá com os nossos delegados eleitos e designados, entre os mais de 650 delegados. Integraremos os órgãos desse grande coletivo que é a FENPROF, nomeadamente o seu Conselho Nacional, o seu Secretariado Nacional e o seu Conselho de Jurisdição. 

Ajudaremos, como sempre fizemos, a construir uma FENPROF cada vez mais forte na defesa dos seus Professores e Educadores. 

Para terminar, queria deixar aqui um muito obrigado 

Aos trabalhadores do SPGL, que foram de um profissionalismo e dedicação extremos; 

A todos os que tornaram possível chegarmos aqui. 

Gostava de referir aqui alguns nomes que foram inexcedíveis neste processo. Mesmo correndo o risco de me esquecer de alguém, vou referi-los na mesma. 

A Fernanda Ferrão, O Carlos Leal, O Quitério, A Branca Gaspar, O Bráulio, o Deodato e o Artur. 

Obrigado, Camaradas. 

Viva o SPGL, viva a FENPROF, viva a CGTP. 

José Feliciano Costa

quarta-feira, 29 de maio de 2019

A Lista S ganhou democraticamente, a Lista A quer paralisar o SPGL!


Aos sócios do SPGL,

As eleições para a Direção no SPGL (quadriénio 2019-2023), realizaram-se no passado dia 16 do corrente mês de maio. Após um longo apuramento dos votos em urna – motivado pela intensa fiscalização, mesa a mesa e voto a voto, no âmbito da Comissão Eleitoral – e dos votos por correspondência, sujeitos a igual crivo fiscalizador, os resultados finais foram finalmente publicados na Página do SPGL, pela Mesa da Assembleia Geral, no dia 22 de maio.
A LISTA S (Um SPGL ainda mais Forte) venceu para as eleições para a Direção Central e MAG com 2428 votos (55%), tendo a LISTA A (É Tempo de Sermos Sindicato-Unidos Venceremos) obtido 1789 votos (40,5%). Os votos Brancos e Nulos foram 191 (4,5%).
Apesar da vitória clara da Lista S para a Direção Central e MAG (com mais 639 votos que a Lista A), e apesar desta vitória se ter verificado quer nos votos em urna (diretos e condicionais), quer nos votos por correspondência, a Lista A interpôs um recurso para o Conselho Fiscal, no passado dia 27 de maio, tendo em vista impedir a tomada de posse dos membros da Lista S, marcada para hoje, dia 29 de maio, pelas 17.00h! 
Este recurso, sem qualquer fundamentação válida e no âmbito de um processo eleitoral absolutamente límpido e extensivamente fiscalizado pela própria Lista A, destina-se apenas a paralisar o SPGL, numa fase em que é vital apoiar os professores e educadores na sua justa luta pela recuperação do tempo de serviço congelado, e a pôr em causa o Congresso da Fenprof que se realiza em Lisboa nos próximos dias 14 e 15 de junho!
Esta falta de respeito pelo voto claro dos sócios do SPGL, desprezando ao mesmo tempo as consequências nefastas que provoca no Sindicato e na Fenprof, terá uma resposta adequada da Lista S na defesa da democracia sindical e dos superiores interesses dos professores e educadores!
Entretanto, os dirigentes da direção cessante, eleitos de novo na lista S, continuam a desenvolver o seu trabalho de modo a defender os interesses e direitos dos professores e do nosso sindicato.

quinta-feira, 23 de maio de 2019

Ganhámos. E merecemos ganhar.


Fizemos uma campanha diferente, inteligente e alicerçada no contato com os professores. Evitamos a “ratoeira” dos ataques pessoais e das quezílias inúteis. Tivemos muitos e bons contributos que enriqueceram o programa com que nos candidatámos. 

De um modo geral soubemos controlar a nossa resposta mesmo nos momentos em que a raiva ameaçava fazer-se sentir. 

Quero manifestar solidariedade a todos os que foram atingidos – e aí me incluo – pelo despudorado texto do ainda presidente e “estrela” da campanha dos nossos adversários nestas eleições. Um texto em que um presidente, incapaz de se assumir como presidente de todos, divide os seus camaradas de direção entre os “que já deram provas pelo trabalho desenvolvido” – os seus amigos da lista A – e os que não fazem trabalho sindical – obviamente nós. O ainda presidente sabe que está a enganar e a enganar-se intencionalmente. Temos do nosso lado a certeza de lhe termos dado sempre o apoio necessário e, sobretudo, a certeza do nosso empenho no esclarecimento, na informação, nas mobilizações dos professores e educadores para as lutas que desenvolvemos. 

Quero envolver também nesta vitória os nossos candidatos às direções regionais de Santarém e Setúbal onde perdemos. Tenho a certeza de que vamos contar com eles no trabalho que temos de desenvolver em profunda ligação com as escolas e com os docentes. 

Vamos assumir a direção do SPGL. Temos uma equipa que conjuga a experiência dos mais velhos com a “genica” dos mais novos. Temos muita e boa gente nova – são eles o futuro do sindicato, compete-lhes exigir que nós, os mais velhos, os deixemos ganhar asas, assumir responsabilidades, pensar um futuro a construir com os professores, educadores e investigadores que formam o SPGL. Nós, os mais velhos, cá estaremos para pôr ao seu serviço a sabedoria ganha em muitos anos de lutas, de vitórias e de derrotas. Mas sempre com os professores. 

Vamos fazer um SPGL ainda Mais forte! 

António Avelãs, mandatário da LISTA S.

quinta-feira, 16 de maio de 2019

Um SPGL ainda mais FORTE!

Em maio de 2019, no cumprimento dos seus Estatutos, o SPGL terá eleições para os corpos gerentes para o quadriénio 2019-2023 e, deste modo, tornamos pública junto dos professores, educadores e investigadores sócios do SPGL a decisão de nos candidatarmos.   

O SPGL é o maior e o mais forte sindicato de professores em Portugal. Com um reconhecido trabalho dedicado e rigoroso, sempre na primeira linha nas lutas da classe, o SPGL conseguiu atravessar os “anos de chumbo” de Lurdes Rodrigues e da “troika”, mantendo um elevado número de sócios, não obstante a redução do número de professores em exercício, e uma situação financeira controlada.

Constituiremos uma equipa que alia a experiência de quem nos últimos mandatos tem dirigido o SPGL com a visão e rejuvenescimento daqueles que iniciam agora a sua caminhada nesta tarefa, simultaneamente aliciante e dura da atividade sindical. Uma equipa de trabalho que será o mais alargada possível - mantendo uma saudável característica de pluralismo na vida do SPGL.

Continuaremos a desenvolver uma das matrizes marcantes e distintivas do SPGL – a ligação real às escolas, consubstanciada, também, no princípio de que os dirigentes devem manter trabalho letivo nos estabelecimentos de ensino a que pertencem, trazendo, desse modo, para a tomada de decisões, a realidade vivida nos locais de trabalho e as reais opiniões dos docentes e investigadores. Uma melhor ligação às escolas exige que continuemos a insistir no alargamento da rede de delegados sindicais, tarefa em que se avançou no mandato que agora termina, mas não o suficiente para que a Assembleia de Delegados Sindicais volte a cumprir o importante papel que os Estatutos lhe atribuem.

Defenderemos sempre a unidade e coesão da FENPROF, sem prejuízo da defesa das posições resultantes dos órgãos de decisão do SPGL. Atitude que manteremos também no interior da CGTP e da Frente Comum de Sindicatos, na defesa dos direitos dos trabalhadores.

Assumimos a atividade sindical com um elevado sentido cívico-político: firmeza na defesa e alargamento dos direitos dos professores e educadores e na construção de uma escola pública que combata as enormes desigualdades sociais do país, que seja inclusiva, que forme cidadãos para uma sociedade democrática, e que seja sólida e atual nas aprendizagens, objetivos que só uma gestão democrática, que urge conquistar, pode atingir. Gestão democrática que exige a defesa da autonomia da Escola perante os poderes centrais e municipais. Nesta aposta numa sociedade mais justa e desenvolvida, apoiaremos inequivocamente a necessidade de pôr fim à precariedade (e à exploração) em que continuam a viver os investigadores científicos e todos os educadores e docentes, independentemente do ciclo de ensino e do vínculo patronal, público ou privado, incluindo a educação inclusiva, o ensino vocacional ou profissional e o ensino artístico especializado.

Informados e atentos ao que se passa à nossa volta, sabemos que a atividade sindical se torna cada vez mais necessária. O neoliberalismo dominante está empenhado em minimizar a importância dos sindicatos e da escola pública, de modo a mais facilmente limitar os direitos de quem trabalha, nomeadamente dos educadores, professores e investigadores. Os ataques aos estatutos de carreira (em todos os níveis de ensino), a sonegação de 9A 4M 2D de tempo de serviço, a dificuldade de acesso às carreiras no ensino superior, a inexistência de um contrato coletivo de trabalho para o EPC, EAE e EP, são, entre outros, claros exemplos de ataque ao Trabalho que atinge também a classe docente.

Sabemos isso, mas sabemos da nossa firme determinação em lhes fazer frente e em os derrotar. Para que a luta pelos direitos de todos os docentes deste país seja mais forte e por um ensino de qualidade que seja ainda mais eficaz, apostaremos decididamente no aumento da sindicalização, sobretudo junto dos que agora chegam à profissão. Para essa luta, precisamos do seu cada vez mais firme apoio. Porque o sindicato somos todos nós.

Subscritores:
José Feliciano Costa, Abel Lourenço, Adélia Pinéu, Adelina Silva, Adérita Mourisco, Albertina Pena, Albertino Ferreira, Albertino Vaz, Alcino Pedrosa, Alexandre Oliveira, Alexandrina Carvalho, Almerinda Bento, Almiro Lopes, Amélia Vitorino, Américo Pereira, Ana Adão, Ana Batalha Domingues, Ana Catarina Gualberto, Ana Cristina Gouveia, Ana Cristina Martins, Ana Cristina Mateus, Ana Cristina Moutinho Valente, Ana Cristina Vitorino, Ana Estela Bernardo, Ana Gaspar, Ana Iglesias, Ana Isabel Guapo, Ana Lavanco, Ana Lúcia Mendes, Ana Luísa Silva, Ana Machado, Ana Mafalda Pernão, Ana Margarida Januário, Ana Maria Pescadarte Borges, Ana Moleiro, Ana Paradinha, Ana Paula Cunha, Ana Paula de Jesus, Ana Paula Melo, Ana Pontes, Ana Reis Ferreira, Ana Rita Ferreira, Ana Rita Lourenço, Ana Rita Costa, Ana Sofia Machado, Ana Zina, Anabela Albino, Anabela Colaço, Anabela Delgado, Anabela Rosmaninho, Anália Borges Gonçalves, André Carmo, Ângela Lisboa, Antónia Carreira, António Anes, António Avelãs, António Baixinho, António Cardoso, António Deodato, António Falé, António Magalhães, António Nabarrete, António Quitério, António Silva, António Vasconcelos, António Verdugo, Armandina Soares, Armando Almas, Arnaldo Sarroeira, Artur Baptista, Augusto Henriques, Augusto Pascoal, Avelino Peralta, Beatriz Rolim Vaudano, Berta Maria Bessone Ferreira Alves, Branca Gaspar, Bráulio Martins, Cândida Pargana, Carmelinda Silva, Carla Beirão, Carla Carvalho, Carla Coelho, Carla Franco, Carla Pintão, Carla Ribeiro, Carla Silva, Carlos Barros, Carlos Costa, Carlos Ferreira Marques, Carlos Leal, Carlos Medeiros, Carlos Silva, Carlos Simões, Catarina Ferreira Faria, Cátia Ferrão, Cecília Terroso, Célia de Jesus, Céu Silva, Cinilda Gentil, Cláudia Marques, Conceição Almeida, Conceição Dulce Olim, Cremilde Canoa, Cristina Coimbra, Cristina Didelet, Cristina Mendonça de Sousa, Cristina Pereira, Delfim Ramos, Deolinda Fernandes, Deolinda Martin, Diamantina Nunes, Dina Bernardino, Dulce Costa, Dulce Dias, Dulce Marçal, Edgar Gonçalves, Eduarda Gordino, Eduardo Alves, Eduardo Costa Pereira, Eduardo Mesquita, Elisa Paulo, Elisabete Manso Luís, Elisabete Silva, Elisabete Zagalo, Elsa Carvalho, Elvira Dias, Ermelinda Rosa, Estrela Matos, Eugénia Tavares, Everilde Pires, Fabíola Cardoso, Fátima Alentejano, Fátima Barata, Fátima Gomes Ferreira, Fátima Santos, Felizarda Barradas, Fernanda Ferrão, Fernanda Matias, Fernanda Moreira, Fernanda Teixeira, Fernando Pimenta, Filipa Carvalho, Filipe Rato, Filomena Ventura, Francisco César, Francisco Henriques, Francisco Janeiro, Francisco Silva, Gláucia Silveira Leal, Gonçalo Bernardino, Graça Dias, Graça Fernandes, Graça Sousa, Gracelinda Feixeira, Gracinda Santos, Helena Amaral, Helena Maria Vicente Mendes, Helena Morais, Hugo Wever, Ida Aleixo, Inácia Santana, Inês de Carvalho, Inez Marques, Isabel Faria, Isabel Ferreira, Isabel Gaspar, Isabel Oliveira, Isabel Reis, Isabel Ventura, João Correia, João Cunha e Serra, João Jaime Pires, João Maurício, João Nuno Campinas, João Olímpio Santos, João Ornelas, João Paulo Raposo, João Pedro Bogalho, João Trigo, Joaquim Pintão, Joaquim Raminhos, Joaquim Sarmento Guerreiro, Joaquim Veiguinha, Jorge Almeida, Jorge Gomes, Jorge Martins, José Carlos Frias, José Casimiro, José Florêncio, José Luís Martins, José Machado, José Mourão, José Pacheco, Leonel Pereira, Leonoreta Leitão, Lidia Gomes, Lígia Esteves, Luís Cravo Silva, Luís Miguel Bexiga, Luís Militão Gomes, Luís Saldanha, Luís Viana, Luísa Maria Luz, Manuel Ávila Martins, Manuel Carvalho da Silva, Manuel José Vasconcelos, Manuel Martins, Manuel Micaelo, Manuel Nunes, Manuel Mendes Nunes, Manuel Pereira dos Santos, Manuela Castro Neves, Manuela Esteves, Marcos Pinheiro Souza, Margarida Calado, Margarida Caldeira, Margarida Côrte-Real, Margarida Lopes, Margarida Tourita, Maria Alexandra Ramos, Maria Artemira Vieira, Maria Beatriz Martinho, Maria Conceição Reboredo, Maria Clara Águas, Maria da Ascensão Martins, Maria da Conceição Borrego, Maria da Conceição Garcia, Maria da Cruz Pintão, Maria da Glória Fonseca, Maria de Fátima Manuel, Maria de Lurdes Ferreira, Maria de Lurdes Paulo Costa, Maria de Lurdes Silva, Maria do Rosário Marto, Maria Elsa Silva, Maria Emília Morim, Maria do Céu Lopes, Maria Fernanda Contreiras, Maria Helena Estanqueiro, Maria Helena Felício, Maria Helena Gomes, Maria Helena Gonçalves, Maria Hermínia Saraiva, Maria Isabel Isidoro, Maria Isabel Menezes Pereira, Maria Isabel Rodrigues, Maria Isabel Ventura, Maria Jesus Reis, Maria João Caracol, Maria João Horta Santos, Maria João Mota, Maria João Raposo, Maria João Serpa do Vale, Maria Jorge Marchantinho, Maria José Carvalho Rocha, Maria José C. M. Santos, Maria José de Oliveira Sousa, Maria José Laranjo, Maria José Martins, Maria José Nascimento, Maria José Nunes, Maria Laura Correia, Maria Leonor Alves, Maria Leonor Marques, Maria Leonor Moreira Fonseca, Maria Luísa Vasconcelos, Maria Lurdes Nunes, Maria Luzia Prates, Maria Manuel Nascimento, Maria Manuela Completo Silva, Maria Manuela Machado, Maria Odete Cruz, Maria Paula Jales, Maria Penas Luís, Mário Berjano, Mário Luís Correia, Mário Sérgio Silva Bonito, Marta Salvado, Natália Bravo, Nazaré Mota, Nicolau Gonçalves Borges, Nuno Andrade, Nuno Miguel Lopes Pereira, Nuno Vasconcelos, Olímpia Miranda Rodrigues, Olinda Machado, Patrícia Carreira, Paula Alexandra Cardoso, Paula Antas, Paula Costa, Paula Cristina Santos, Paula Franco, Paula Raimundo, Paula Rodrigues, Paulo Alexandre Ferreira, Paulo Almeida Falcão, Paulo Franco, Paulo Sucena, Pedro Carromeu, Pedro Faria, Pedro Mota, Pedro Nunes, Penélope Coelho, Purificação Freire de Oliveira, Raquel Carvalho Pires, Ricardo Bolou, Ricardo Furtado, Ricardo Meira, Ricardo Prata, Rita Franco, Rita Gomes, Rolando Silva, Rosa Simões, Rosália Batalha, Rui Capão, Rui Curto, Rui Diogo Oliveira, Rui Fontinha, Rui Paiva, Rui Sampaio, Sandra Antunes, Sandra Barão, Sandra Gonçalves, Sílvia Baptista, Sílvia Folgado, Sílvia Timóteo, Susana Rocha, Teresa Nunes, Teresa Santos, Teresa Sécio, Tiago Dias, Tiago Sousa Derriça, Urquida Jardim, Valdemar Gomes, Vanda Costa, Vanda Silva, Vanessa Fernandes, Vera Maria Morais, Virgínia do Rosário Baptista, Vitor Barros, Vitor Bento, Wiliam Cardoso.

#umspglaindamaisforte
@umspglaindamaisforte



terça-feira, 14 de maio de 2019

UM SPGL AINDA MAIS FORTE

José Costa, Candidato a Presidente do SPGL pela Lista S
No próximo dia 16 de maio, os sócios do SPGL, vão escolher os corpos gerentes que vão dirigir o seu sindicato no quadriénio 2019 – 2021. 

Na campanha que ainda decorre, os candidatos da LISTA S levaram o seu projeto sindical às escolas e falaram com os Professores. 

Divulgaram este projeto coletivo, que integra a esmagadora maioria dos homens e mulheres que têm dirigido este sindicato nos últimos mandatos e ao qual se juntam um conjunto alargado de candidatos que trazem a renovação necessária para fortalecer ainda mais este sindicato. 

Os Professores perceberam que esta é uma lista de unidade, que este é um projeto coletivo que convive bem com novas ideias, com novas abordagens, porque sabemos que isso só nos fortalece. 

Foi fácil andarmos pelas escolas em campanha a falar deste projeto sindical. Os professores conhecem-nos na esmagadora maioria das escolas, vêm ter connosco, porque são dirigentes que vão lá, que dinamizam reuniões sindicais, que os esclarecem e os ajudam, que são o rosto do sindicato nas suas escolas. 

Esta é e sempre será a matriz do SPGL, a forte ligação às escolas, a forma empenhada e propositiva com que está na defesa dos direitos dos professores, mas também na construção de uma sociedade mais justa e mais democrática. 

Caro colega 

Votar na LISTA S é votar num coletivo dedicado e competente, composto por homens e mulheres, professores e professoras competentes e dedicados nas suas escolas enquanto profissionais, mas também enquanto dirigentes e ativistas sindicais, motivados e envolvidos na construção de UM SPGL AINDA MAIS FORTE. 

VOTA LISTA S 

JOSÉ COSTA

segunda-feira, 13 de maio de 2019

SOBRE O NÚMERO DE “ELEITORES” - O GRÁFICO DA LISTA A ENVERGONHA QUALQUER PROFESSOR QUE SE PREZE…PORQUE É MENTIROSO



Numa manobra de assustadora indigência alguém da lista A divulgou nas redes sociais um gráfico sobre a diminuição do número de sócios/eleitores do SPGL entre 2006 e 2019, dissociando os dados utilizados da evolução negativa do número de professores no sistema. A falta de rigor partindo de (supostos) professores é um insulto à classe docente.


*
Qualquer professor decente, se quisesse explicar aos seus alunos a taxa de sindicalização, aos dados do número de sócios do sindicato acrescentaria, de imediato, o número de professores existentes nos períodos em análise. Segundo a PORDATA*, em 2006 havia no ensino não superior 181.433 professores da educação pré-escolar ao secundário. Em 2017 (último ano com dados), o número de docentes, sem ter em conta outros que também tiveram acentuado decréscimo, como por exemplo os do ensino superior caiu para 145 549, por razões que todos bem conhecemos. Só por milagre tal queda do número de professores não se repercutiria no número de sócios dos sindicatos. Aliás, nesta matéria, a situação do SPGL é bem melhor do que os restantes sindicatos de docentes, devido ao bom trabalho desenvolvido pelas direções que exerceram os seus mandatos nos anos referidos. 

Mas um professor que se preze teria também de atender ao modo como é encontrado o número de eleitores. Desde 2006, o SPGL decidiu tornar rigoroso o número de sócios, eliminando dos cadernos todos os professores que tenham perdido a condição de sócio por falta de pagamento, ou outros. É fácil aumentar o número de sócios se não houver limpeza de ficheiros. Também aí o SPGL é quase uma exceção. 

Mas o mais aberrante é que a Lista A tenha entre os seus apoiantes o ainda presidente do SPGL que, ainda há poucos meses, apresentou ao Conselho Geral do SPGL um relatório e contas confirmando o aumento do número de sócios do SPGL em situação regular… 

Um pouco de honestidade não lhes ficaria mal!

Manuel Micaelo


Quanto vale a Lista S?

Estamos na recta final da campanha para as eleições no nosso Sindicato. E espero sinceramente que o projeto com que nos apresentamos - Um SPGL ainda mais Forte – seja vencedor. 

Almerinda Bento, Professora Aposentada
Sou professora aposentada, mas tal como se costuma dizer que “quando se é professor/a se é professor para o resto da vida”, a minha ligação ao SPGL manteve-se como necessidade de vínculo a uma associação a quem dediquei anos da minha intervenção e ligação sindical, como reconhecimento pelo combate por direitos de uma classe tão relevante como é a docente e como forma de resistência num contexto social em que o individualismo e o salve-se quem puder são as marcas dominantes. 

E estou nesta Lista S, porquê? Porque é Séria. Porque é Sólida. Porque tem um conjunto de homens e mulheres que têm sido referências Sindicais na vida de muitos professores ao longo de décadas e que têm acompanhado lutas memoráveis e duras dos tempos de Sotto Mayor Cardia, de Manuela Ferreira Leite, de Maria de Lurdes Rodrigues, de Nuno Crato e do atual Ministro da Educação. Não apenas aqueles e aquelas que vemos nos telejornais porque acompanham as negociações mais difíceis com o poder, mas aqueles e aquelas que estão nas escolas, que vão às escolas, que informam, que esclarecem, que mobilizam, que aceitam críticas… aqueles e aquelas que não sendo mediáticos, são conhecidos/as nas escolas pelos colegas. É o caso do José Costa, candidato a presidente pela Lista S, professor na EB do 2º e 3º Ciclos José Afonso em Alhos Vedros, membro da atual direção, do Conselho Nacional da FENPROF e da União de Sindicatos de Setúbal da CGTP-Intersindical. Ele é uma excelente escolha para liderar uma grande equipa que quer ser ainda mais forte e que é constituída na sua grande maioria por docentes sindicalistas da actual Direcção do SPGL. São experientes, conhecedores, são Sindicato. 

A presença de jovens sindicalistas nesta equipa experiente é um motivo de satisfação e de certeza de que o testemunho de um Sindicato com 45 anos está a ser passado. Os professores sabem que a luta que travam pela escola pública e pelos seus direitos é dura, demorada e complexa e que para tal precisam ter a seu lado pessoas credíveis, lutadoras, determinadas, de confiança. 

Dia 16 de Maio vamos votar Lista S – Um SPGL ainda mais Forte! 

Almerinda Bento 

Professora aposentada 

Sócia 27247

domingo, 12 de maio de 2019

SPGL: UM SINDICATO PRESENTE COM APOSTA NO FUTURO

António Avelãs, Presidente do SPGL entre 2006 e 2015
Sócio n.º 920
Fui presidente do SPGL entre 2006 e 2015. Na atual direção exerço as funções de coordenador do setor de informação. Desde a fundação do SPGL fui delegado sindical nas escolas onde fui colocado e, mais tarde, membro da direção com António Teodoro e vice-presidente com Paulo Sucena. Orgulho-me, pois, de ter contribuído, com um larguíssimo número de professores de diversas tendências políticas e sindicais, para construir o que é hoje o SPGL 

Construímos um SPGL que faz da sua efetiva ligação às escolas e aos professores a razão da sua força. Ligação efetiva porque sustentada no facto de os seus dirigentes -todos- se manterem com funções letivas nas escolas a que pertencem, situação única no universo dos sindicatos de docentes. Os professores conhecem-nos! 

Construímos um SPGL que inspira confiança aos seus sócios pela elevada qualificação dos serviços de apoio aos sócios e contencioso. 

Construímos um SPGL que proporciona aos sócios e aos professores informação objetiva, em tempo útil. 

Construímos um SPGL capaz de mobilizar massivamente os professores para as lutas em defesa da profissão docente, da qualidade da escola pública e pela construção de uma sociedade mais justa, mais igual, mais solidária. 

Construímos um SPGL capaz de defender os direitos dos docentes das escolas particulares e cooperativas, tornando-se de facto o sindicato “de referência” neste setor - com real implantação entre estes docentes. 

Construímos um SPGL capaz de intervir eficazmente na discussão das matérias pedagógicas necessárias a um ensino de qualidade para todos; um SPGL que aposta na escola pública, divulgando através dos seus meios de informação o que de muito bom se faz nas nossas escolas com a dedicação e profissionalismo de professores e educadores. 

Construímos um SPGL aberto à cultura, com a excelente oferta no campo das artes proporcionado pelo Espaço António Borges Coelho (ESPAÇO ABC) 

Construímos um SPGL que proporciona aos sócios aposentados atividades dinâmicas, ricas e integradores que lhes permitem um envelhecimento ativo. 

Construímos um SPGL aberto à sociedade, apoiando grupos e movimentos de índole diversa orientados pelo combate às injustiças sociais, particularmente a precariedade laboral, pelo combate à degradação climática, pelo apoio a refugiados e migrantes, etc. 

Construímos um SPGL socialmente respeitado. 

Construímos um SPGL profundamente democrático no seu funcionamento. 

É este SPGL que a LISTA S quer continuar, aperfeiçoar e melhorar. 

Por isso, voto convictamente na LISTA S: por Um SPGL AINDA MAIS FORTE 

António Avelãs, sócio 920.

#UMSPGLAINDAMAISFORTE
@UMSPGLAINDAMAISFORTE

sexta-feira, 10 de maio de 2019

O MEU APOIO À LISTA S - Paulo Sucena

Paulo Sucena

Aos camaradas da Lista S transmito o meu total apoio. Lista S de sindicato. De SPGL. De sindicalismo determinado e firme. É um apoio nascido da solidariedade que aqui manifesto a uma equipa, a que me honro pertencer, cujos membros foram decisivos para que o SPGL prosseguisse um caminho de engrandecimento do sindicalismo de que é um inquestionável pilar, com características únicas em muitos aspetos.

E não quero acrescentar mais nada, porque a forma superior como cada um de vós, em diferentes circunstâncias, contribuiu para o desenvolvimento de um sindicalismo democraticamente combativo e consequente dispensa a retórica de frases feitas que, de tão repetidas por toda a gente, foram perdendo sentido ao longo do tempo.

Voto Lista S com a satisfação de quem sabe que não está a votar numa equipa movida por ocultas ambições pessoais, mas sim em futuros dirigentes capazes de sagazmente lutarem por um ensino de qualidade, ministrado, numa escola que queremos democrática, por educadores e professores cujos direitos e cuja revalorização profissional e prestígio social serão objetivos sacramentais da ação da Lista S quando os seus elementos forem eleitos para os Corpos Gerentes do nosso Sindicato.

Respeito todos os candidatos, mas para mim votar Lista S é votar no SPGL a que dediquei muitos anos de trabalho.

VOTE LISTA S

Paulo Sucena

quarta-feira, 8 de maio de 2019

Sindicalismo nem partidário nem populista

Francisco Martins da Silva
Os partidos políticos são essenciais em democracia. São a matriz dos governos democráticos. Induzir a contínua adequação dessa matriz aos interesses dos trabalhadores é a missão dos sindicatos. Só os sindicatos conseguem obter dos governos melhorias das condições de vida das classes trabalhadoras porque são as únicas organizações que fazem a mediação governo-trabalhador, sem a qual a conquista de direitos é inviável. Nenhum governo o faz espontaneamente. Espontaneamente, os governos apenas cortam salários e retiram direitos. 

Para que a mediação governo-trabalhador tenha a plena confiança das classes trabalhadoras e seja eficaz, a actividade sindical tem de ser apartidária. 

Um sindicato não tem como missão fazer oposição a este ou àquele governo, aliando-se a partidos políticos. A missão sindical é tão só contrariar políticas que sejam lesivas dos interesses do respectivo sector profissional, venham de que governo vierem. 

O sindicalismo tutelado por partidos sempre foi uma péssima ideia. Hoje, tal sindicalismo está fora de tempo. Os sindicatos, sobretudo na Europa, estão em queda no que respeita à sua representatividade, muito por causa da percepção da sua filiação partidária. Em Portugal, a percentagem de sindicalizados caiu de cerca de 60% em 1979 para menos de 10% em 2019. 

Por causa da corrupção, há nas sociedades actuais uma pulsão anti-sistema que faz dos termos “política” e “políticos” autênticos palavrões obscenos. Neste contexto, os sindicatos — e as suas federações — só têm vantagem em afastarem-se dos partidos. E esse será o primeiro passo para reverter a queda da sindicalização — a par de maior atenção aos trabalhadores precários, de melhor oferta de serviços complementares no âmbito da protecção na saúde, no desemprego ou na velhice, e da coordenação com as comissões de trabalhadores. 

Por outro lado, um sindicalismo situacional, populista, que baseie os processos de reivindicação laboral na desconfiança relativamente à democracia e aos modelos sindicais institucionalizados — como é o traço identitário dos novos sindicatos anti-sistema —, afasta-se dos princípios da solidariedade laboral, que sempre conferiram unidade às lutas das diferentes profissões e que dão sentido ao movimento sindical. Este sindicalismo exclusivo tende a colocar os processos reivindicativos fora da regulação democrática dos conflitos laborais e, acima de tudo, opõe os sectores profissionais que representa à restante sociedade, negando assim a sua utilidade na prossecução do bem comum. A menos que os sindicatos tradicionais, apartidários, recuperem o espaço perdido, este sindicalismo populista, de aparente eficácia no imediato, prejudicará mortalmente o movimento sindical no futuro. 

Por UM SPGL AINDA MAIS FORTE! 
Francisco Martins da Silva

O autor escreve de acordo com a anterior grafia

terça-feira, 7 de maio de 2019

Eleição para os Corpos Gerentes do SPGL em 16 de maio: MESMO EM CAMPANHA ELEITORAL NÃO VALE TUDO

Anabela Delgado - Membro da atual Direção,
responsável pelo serviço de Apoio a Sócios.
Membro do Secretariado Nacional da FENPROF

Estamos em pleno período de campanha eleitoral para eleger os corpos gerentes para o próximo mandato ao qual se apresentam três listas (duas candidatas a todos os órgãos - A e S - e a lista C, candidata apenas a alguns). Havendo várias listas seria normal e salutar que em período de campanha eleitoral se estivessem a discutir programas e estratégias para resolver os graves problemas que afetam a classe docente, isto é, as estratégias para defender a profissão e a escola.

Das duas listas que concorrem a todos os órgãos do SPGL a lista A e a lista S, a atual lista A (“herdeira” das mais recentes listas B e lista V), assume, quer no programa quer no discurso de concorrentes e apoiantes, rutura com a atual Direção, identificando-a com a lista S.

Ao insistir em apresentar-se como lista A, tradicionalmente simbolizando uma lista de continuidade, a atual lista A (“herdeira” das mais recentes listas B e lista V), que se pretende de rutura com a atual direção, tenta confundir sócios menos atentos. Mas de facto o projeto de unidade, respeito pela diversidade, continuador do trabalho desenvolvido pela atual direção, é apenas defendido pela LISTA S - UM SPGL AINDA MAIS FORTE – em quem os sócios têm confiado o seu voto.


Infelizmente não é o debate do programa e projetos das listas candidatas que está em curso. A lista A (“herdeira” das mais recentes listas B e lista V) procura fazer passar a ideia de que a Direção (que identificam, e bem, com a lista S) à qual alguns ainda formalmente pertencem, deixou diminuir drasticamente o número de associados, o que é mentira, pois apesar da visível diminuição do número de professores no sistema e das dificuldades várias com que a ação sindical está confrontada, este sindicato terá eventualmente sido dos poucos que se pode orgulhar de, ainda assim, registar um aumento líquido de sócios!

Acusam ainda a atual Direção de não ser combativa – esta é uma acusação que devia envergonhar quem a faz pois constitui um insulto aos professores, sócios e não sócios mobilizados nas escolas por dirigentes e delegados sindicais do SPGL que têm aderido às várias lutas protagonizadas pelo movimento sindical docente!

Nenhuma direção sindical consegue mobilizar o corpo profissional que representa sem trabalho de informação, debate e esclarecimento nos locais de trabalho - a LISTA S, reconhece e saúda o enorme esforço que a classe docente tem feito na adesão informada à luta pelos seus direitos!
Os sócios deste grande sindicato - o SPGL – esperam que esse trabalho continue e se reforce! A lista S compromete-se a fazê-lo.

Não basta proclamar, em tempo de eleições, o reforço da presença do sindicato nas escolas ou a promoção do trabalho dos núcleos sindicais e respetivos delegados; é preciso, no dia-a-dia (mesmo sem eleições à vista), propormo-nos trabalhar com todos nas escolas, assumir a organização do sindicato em cada escola e estar disponível para ser delegado sindical e, nessa qualidade, ser o primeiro a dar a cara quando surgem os problemas, a começar, nas escolas onde trabalhamos!

O SPGL afirmou-se e continuará a afirmar-se com homens e mulheres que vivem o quotidiano da profissão, que estudam e debatem as questões, que procuram apoiar os sócios com informações corretas e seguras, que dão a cara pelas causas em que acreditam, que se esforçam por mobilizar a classe para intervir no debate, na ação e na luta sempre que é necessário.

Nunca os professores e educadores da área do SPGL ficaram à margem das lutas desencadeadas ao longo dos anos, antes, a sua intervenção foi sempre determinante e eu tenho orgulho de ter participado nesses combates como professora, como delegada sindical e como dirigente sindical, sem nunca ter deixado de ser professora com horário letivo na escola!

É este o sindicalismo em que acredito e por isso integro a LISTA S – UM SPGL AINDA MAIS FORTE.


Anabela Delgado – membro da atual Direção, responsável pelo serviço de Apoio a Sócios. Membro do Secretariado Nacional da FENPROF.

domingo, 5 de maio de 2019

Foram 45 anos de dignidade e de ação deste grande Sindicato

Augusto Pascoal
Foi uma noite de quinta-feira memorável, a de 2 de maio de 1974, desde logo na minha Escola, onde supostamente teria lugar a Assembleia Geral, no ginásio da Manuel da Maia. Cedo percebemos que aquela sala enorme era minúscula para acolher os milhares de Professores que chegavam. Feitos alguns contactos, conseguiu-se a disponibilidade do então Pavilhão dos Desportos, no Parque Eduardo VII, para onde nos deslocámos como pudemos. A Assembleia Geral, convocada sobretudo por Colegas dos "Grupos de Estudo" que constituiu o Sindicato dos Professores da Grande Lisboa e do Sul, mais tarde SPGL, depois de, em Beja passarem a existir o SPGL e o SPZS, começou por volta da uma da manhã do dia seguinte, Presidida pelo Professor Lindley Cintra.

Nessa noite começou a vida do nosso fantástico, plural e abrangente Sindicato, que ontem completou 45 anos. Antes de termos criado a FENPROF, no dia 27 de abril de 1983, foi o SPGL que assumiu a defesa da Escola Pública e dos Professores, protagonizando a luta intransigente pela defesa da Gestão Democrática e a dignidade da profissão docente. Foi assim que no dia 2 de fevereiro de 1978, convocou, sozinho, a primeira greve de Professores contra as medidas que o Ministério de Soutto Mayor Cardia se preparava para desencadear. Esta primeira greve de toda a Função Pública, com uma adesão superior a 85%, foi uma manifestação da força e da expressão do SPGL junto da classe, conhecido, a nível nacional, como O Sindicato dos Professores.


Foram 45 anos de dignidade e de ação deste grande Sindicato, que agora a Lista S se propõe continuar.


Desejo que nos próximos anos sejamos os Corpos Gerentes do SPGL.


Augusto Pascoal

sábado, 4 de maio de 2019

Isto dos professores já chateia

Maria Eduarda Gordino
Professora do 1.º Ciclo do Ensino Básico

-Isto dos professores já chateia! Querem tudo e mais alguma coisa! – Em voz bem alta a senhora olhou em redor certificando-se que todos no café a tinham ouvido. 

Ao balcão o homem de bigode sorriu e concordou com ar de enfado. No canto escuro um jovem soltou um “ya” sem tirar os olhos do telemóvel. 

Eu bebi os dois últimos goles do café queimado, pousei a chávena e senti-me muito sozinha. Estava só a professora num café cheio de gente. 

Percebi que têm de ser os professores a unir-se nas suas causas, nas suas lutas pois nem sempre quem está fora percebe o que a escola pública perdeu. É necessário que os professores deste país formem coletivos de luta pelos direitos de toda uma classe que já há muito tempo tem vindo a perder a motivação pela ação medidas que têm atacado diretamente a Educação no nosso país e, consequentemente, a vida dos professores. Os sindicatos são um coletivo de força, de apoio e de luta unida e são a resposta para a mudança e transformação da educação em Portugal. 

Apoiando a LISTA S sei com o que posso contar pois dela fazem parte profissionais e colegas que em muitos momentos cruciais mostraram que baixar os braços não é prática. 

Encontro na LISTA S colegas que muito se têm debatido pela contagem do tempo de serviço (9A 4M 2D), que lutam por uma gestão democrática nas escolas, que fazem frente à Municipalização, que lutaram pela vinculação dos colegas contratados, que lutam por horários dignos nas escolas, e tantas, tantas outras lutas de extrema importância e que veiculam a ideologia democrática e de justiça nas escolas. Sei que estão ao serviço dos professores. Dos colegas. 

A LISTA S encontra em mim um voto. O voto de quem tem ainda muito que trabalhar e lutar por melhores condições. Lutar sempre em coletivo pois lá diz a canção que “o povo é quem mais ordena.” Sendo assim, voto S. 

Volto ao balcão para pagar o café e estendo uma nota pequena. 

-Tenho de lhe dar troco, não é? Deixe-me cá ver quanto…”- disse baixinho a senhora do café. 

-Sim. São 9 anos, 4 meses e 2 dias. Bom dia

Recebi o troco, sorri e saí.

Maria Eduarda Gordino


segunda-feira, 29 de abril de 2019

Programa de Ação - Lista S - Um SPGL ainda mais FORTE


PROGRAMA DE AÇÃO


Lista S - Um SPGL Ainda Mais FORTE


1. POR UMA EDUCAÇÃO PARA UMA SOCIEDADE MAIS JUSTA, MAIS IGUALITÁRIA, MAIS DEMOCRÁTICA

As eleições para os corpos gerentes do nosso sindicato (2019-2013) decorrem no fim de uma legislatura que se iniciou com uma originalidade no que respeita ao nosso país: a formação de um governo minoritário do PS com o apoio expresso e negociado com os partidos à sua esquerda. Uma solução política que afastou a direita do poder e que criou fundadas expectativas de inverter a desastrosa política social e económica do governo anterior, nomeadamente no campo da educação. No final da legislatura, contudo, e sem esquecer um conjunto de medidas positivas, quer no que respeita à educação quer no que respeita aos trabalhadores em geral, a sensação de profundo desânimo é a que domina. Desânimo que resulta de se ter perdido uma oportunidade de, com os professores, investigadores e educadores, se terem dado passos decisivos na continuação da melhoria do nosso sistema educativo, ainda fortemente marcado pela “exclusão” que se traduz no número ainda elevado de retenções, de abandono precoce, da insuficiência do apoio aos alunos com necessidades educativas especiais e de um elevado número de jovens afastados do ensino superior, resultado de um nítido subfinanciamento orçamental da Educação. 

Temos consciência de que o que se vive na Escola e no sistema educativo está fortemente ligado à política geral: este sentimento de desânimo que atinge a classe docente é da mesma natureza da que atinge os trabalhadores e os cidadãos mais progressistas, preocupados com a crise imposta ao Serviço Nacional de Saúde, com a crise de habitação, com os baixos salários, com o insuficiente investimento público, com a persistência de uma legislação laboral que retirou direitos aos trabalhadores. Em suma: a consciência de que travamos o avanço das forças de direita, protagonizadas anterior governo do PSD e CDS, mas que os passos dados na construção de uma sociedade mais justa e igual foram demasiado tímidos. 


POR UM MOVIMENTO SINDICAL UNITÁRIO, SOLIDÁRIO E ATUANTE

Ao movimento sindical, - um dos pilares mais sólidos na construção de uma sociedade mais democrática e de resistência às políticas antissociais do neoliberalismo - exige-se um difícil equilíbrio: a intransigência na defesa dos direitos de quem trabalha, a luta persistente por melhores condições de trabalho, e o combate às injustiças sociais, impedindo o regresso da direita ao poder, que se traduziria num dramático retrocesso social, nomeadamente no campo da Educação.

O SPGL, integrado na FENPROF, com uma presença forte nas escolas, através de numerosas reuniões sindicais e plenários, com forte presença nas “ações de rua”, com informação clara e constante dirigida aos professores e educadores tem dinamizado a participação dos professores nas diversas lutas levadas a cabo pelo movimento sindical docente. Em consonância com a CGTP-IN e a Frente Comum, estruturas de que faz parte, o SPGL tem participado ativamente na vida sindical do país. 

A lista que protagonizamos – Um SPGL Ainda Mais Forte – está em continuidade do trabalho desenvolvido pelos corpos gerentes que agora cessam o seu mandato. Temos consciência das dificuldades que o trabalho sindical apresenta nos tempos atuais, reconhecemos campos em que se pode e deve melhorar, mas afirmamos sem hesitação que os candidatos que apresentamos se caracterizam por uma presença firme, persistente e lúcida na luta pelos direitos dos docentes, na construção de uma escola de qualidade para todos, assente no primado da construção de uma escola pública de qualidade e na luta por uma sociedade mais justa, mais igualitária, mais democrática. Alicerçado na participação democrática e combativa de professores e investigadores, a LISTA S- “Um SPGL Ainda Mais FORTE - será o caminho para a obtenção de resultados positivos que reinstalem a esperança e a alegria no exercício de profissões exigentes, cuja dignidade e valorização urge incrementar: a profissão docente e a investigação cientifica. 



2. DEFENDER A PROFISSÃO, MELHORAR A ESCOLA PÚBLICA
EXIGIMOS RESPEITO

Decorrem estas eleições para o SPGL num momento em que ainda é incerto o resultado da intensa luta dos professores pela recuperação, para todos os efeitos, do tempo de serviço “roubado” pelos governos anteriores, traduzido em ”9 anos, 4 meses e 2 dias”, ( para muitos professores e educadores, por via das medidas de transição entre as várias versões do ECD, o tempo perdido é ainda maior!)

Os professores e educadores têm plena razão na sua exigência: tempo trabalhado tem de ser contado! A justiça desta reivindicação é de tal modo evidente que nenhum partido político com assento parlamentar a contesta: a Assembleia da República aprovou por unanimidade em janeiro de 2018 uma Recomendação ao Governo nesse sentido. As regiões autónomas da Madeira e Açores já consagraram a recuperação deste tempo de serviço. Mas o governo insiste em não aceitar a recomendação, simula reuniões e fez publicar o decreto que pretende apagar definitivamente mais de 6,5 anos do tempo de facto trabalhado. O SPGL tem participado e vai continuar a participar de forma ativa nas inúmeras ações de luta por este objetivo. Um SPGL Ainda Mais Forte vai continuar a lutar, porque a contagem de todo o tempo de serviço é uma questão de respeito pelo trabalho dos professores e educadores. Não ao apagão!

Respeito é também devido aos professores do Ensino Superior e aos Investigadores e trabalhadores científicos; os primeiros confrontam-se com bloqueios vários no ingresso e progressão das suas carreiras; os segundos lutam contra a precariedade da sua situação laboral e a exploração a que as instituições do ensino superior os sujeitam. Muitos deles estão em condição de beneficiarem da aplicação do PREVPAP, mas a tal tem obstado a posição de reitores e diretores, com beneplácito do governo. Um SPGL Ainda Mais Forte continuará a apoiar e a dinamizar as suas justas lutas e reivindicações. 


DEFENDER O ESTATUTO DE CARREIRA DOCENTE (ECD)

Uma das explicações mais plausíveis para o comportamento do governo no que se refere à recuperação do tempo de serviço (9A 4M 2D) é a intenção (mal disfarçada) de pôr em causa o Estatuto de Carreira Docente do ensino não superior, anulando a condição de “corpo especial” e remetendo a profissão docente para a carreira geral da administração pública. Consumar-se-ia assim um ataque ainda mais intolerável à profissão docente.

A desvalorização e desconsideração da profissão docente levada a cabo quer por Maria de Lurdes Rodrigues quer por Nuno Crato, e agora também por Brandão Rodrigues ameaçam por em causa o futuro da Educação em Portugal..

Um SPGL Ainda Mais Forte mobilizará os docentes em defesa do seu estatuto de carreira, particularmente no que respeita a horários de trabalho, vinculação, regime de avaliação e progressão na carreira. O ECD, conquistado em 1990 e melhorado em 1999, sofreu um forte ataque em 2005 . Precisa de ser melhorado, não destruído. Um SPGL Ainda Mais forte será um bastião na defesa de um ECD que dignifique a profissão docente.


HORÁRIOS QUE NOS PERMITAM SER PROFESSORES E EDUCADORES

A denúncia persistente da sobrecarga horária que incide sobre os professores, produzida sobretudo por inúmeras reuniões “não previstas”, pela concretização de sucessivos projetos que obrigam a horas de trabalho “extra” e a trabalhos burocráticos de cuja utilidade é legítimo duvidar, e a greve cumprida pelos docentes com recusa a reuniões fora do horário de trabalho já conduziram a resultados positivos: o Ministério da Educação foi obrigado a reconhecer que o que não está marcado no horário não pode ser exigido e, a ser realizado, deve ser considerado trabalho extraordinário. É uma vitória que urge consolidar. Um SPGL Ainda Mais Forte continuará a exigir o cumprimento do horário dos docentes: 35 horas/semanais com respeito pela divisão entre trabalho letivo, não letivo de estabelecimento e individual consignada no ECD. Mas a melhoria das condições de trabalho exige também a diminuição do número de alunos por turma e, em muitos casos, a diminuição do número de turmas atribuídas ao professor. Só assim os docentes poderão dar a resposta individualizada a cada aluno, combater a indisciplina, e desenvolver nos alunos sólidos hábitos de trabalho. Porque só assim podemos realizar com rigor a nossa profissão de professores e educadores, condição essencial para a qualidade da escola pública.


VINCULAÇÃO DOS PROFESSORES CONTRATADOS

Na legislatura que agora termina, fruto de uma intensa e prolongada luta dos docentes, melhorou-se o acesso à vinculação através do mecanismo conhecido por “norma travão”, reduzindo o número de anos necessários. O número de docentes vinculado superou claramente o número do anterior governo. Mas continua a existir um significativo número de docentes que se mantém fora da carreira e sem acesso à norma travão, apesar de terem muitos anos de serviço. Tal acontece porque nem sempre conseguem horário completo. Merecem destaque, entre outros, os docentes especializados do ensino artístico, incluindo os das chamadas “técnicas especiais” que, incompreensivelmente, foram excluídos da aplicação dinâmica desta norma prevista para outros docentes do ensino artístico. 

Um SPGL Ainda Mais Forte continuará a exigir a vinculação destes docentes reivindicando a alteração da chamada “norma travão” , a sua aplicação a todos os docentes.


DEMOCRATIZAR A GESTÃO. GARANTIR A AUTONOMIA DA ESCOLA

Foi instituído um modelo de gestão e administração escolar centrado no poder alargado de um diretor, com redução profunda da intervenção dos docentes e subalternização do conselho pedagógico e outros órgãos de funcionamento da escola. O que se traduz na diminuição da democracia na vida das escolas.

Está em curso uma campanha, lançada pela FENPROF, com o objetivo de rever o atual modelo de gestão, defendendo o regresso a uma gestão colegial, ao aumento do poder de intervenção do conselho pedagógico e da participação dos professores e educadores na vida das suas escolas/agrupamentos. Um SPGL Ainda Mais Forte dinamizará esta campanha que deve tornar-se um dos objetivos centrais da ação reivindicativa.

A garantia da democracia nas escolas/agrupamentos exige firme oposição a todas as tentativas de, a coberto da transferência de competências para os municípios, em curso, os poderes autárquicos ganharem o poder de intervir ilegitimamente na esfera do que deve ser do domínio exclusivo das escolas: a gestão pedagógica, métodos de ensino, organização de turmas e de horários, gestão de pessoal adstrito ao funcionamento das escolas, etc. Um SPGL Ainda Mais Forte é a garantia da defesa da autonomia das escolas! Um SPGL Ainda Mais Forte opor-se-á firmemente à municipalização do ensino na medida em que ela conduzirá a variadas formas de caciquismo, de nepotismo e de submissão dos interesses gerais a interesses particulares. Um SPGL Ainda Mais Forte incentivará um debate aberto, sem preconceitos, em torno da criação e participação nos conselhos municipais de Educação, na definição das Cartas Educativas de cada concelho, na colaboração entre as escolas e as autarquias no respeito pela autonomia de cada setor. 


APOSENTAÇÃO: A RESPOSTA A UMA CLASSE ENVELHECIDA E EXAUSTA

A FENPROF promoveu recentemente, em colaboração com a FCSH, um estudo bem fundamentado evidenciando o elevado grau de desgaste físico e emocional de grande parte da classe docente (ensino não superior). Dados recentemente publicados evidenciam o elevado envelhecimento dos docentes em exercício (são escassos os docentes com menos de 30 anos!) e o perigo que tal situação representa para o sistema educativo tem sido sublinhado por várias organizações nacionais e internacionais. Ao sujeitar os professores e educadores às cada vez mais gravosas condições de acesso à aposentação e a enormes cortes salariais para a “aposentação antecipada” o governo está a pôr em causa a Educação. O corpo docente está envelhecido, exaurido e a necessitar de rejuvenescimento. Um SPGL Ainda Mais Forte continuará a reivindicar condições específicas e mais favoráveis para a aposentação dos docentes, nomeadamente, e como medida transitória, a aposentação sem cortes aos 40 anos de serviço.

Um SPGL ainda Mais Forte exigirá que as juntas médicas a que os docentes se sujeitam por razões de saúde agravadas os tratem com decência e dignidade, pondo termo à prática de reenviar para as escolas docentes que objetivamente não tem condições físicas para continuarem a lecionar, ferindo a sua dignidade pessoal e profissional.


3. UMA ESCOLA DE QUALIDADE PARA TODOS

Durante a atual legislatura foram tomadas algumas medidas positivas para a melhoria da escola pública (e também das escolas do ensino particular e cooperativo). Marcando uma rutura com as posições de elitismo de Nuno Crato, eliminaram-se os exames no 4º e 6º anos (que o anterior ministro introduziu à revelia das opiniões dos pedagogos), abandonou-se o projeto de seleção precoce dos alunos entre o ensino regular e os profissionais – o afamado (?) modelo alemão - incentivaram-se medidas tendentes à diminuição do insucesso escolar, que tem vindo, de facto. a diminuir graças ao profissionalismo e competência da classe docente, abandonou-se o pérfido projeto do cheque-ensino e combateu-se os abusos existentes nos contratos de associação com os colégios.

A definição do “perfil do aluno” no fim do secundário mereceu o aplauso dos professores e educadores e da comunidade escolar; embora menos consensuais, medidas como a introdução da área de cidadania nos currículos e os diplomas de gestão flexível dos currículos podem potenciar melhorias na qualidade das aprendizagens. O SPGL incentivará entre os docentes o debate sobre estes diplomas. 

Mas para que a Escola cumpra o seu papel de contribuir para uma sociedade mais justa é necessário:

- continuar o combate ao insucesso e ao abandono escolar, implicando a melhoria da formação inicial dos docentes e a possibilidade de as escolas terem docentes para a recuperação de atrasos nas aprendizagens:

- a real valorização do ensino profissional, nomeadamente alterando as regras de acesso ao ensino superior de modo a que os estudantes que optarem pelas vias profissionais tenham, realmente, possibilidade de acesso.

- reformular o processo de formação contínua, afastando cada vez mais a relação direta entre a frequência de formação e as exigências para a progressão na carreira, garantindo a sua gratuitidade e assumindo-a como um direito consignado no ECD, devendo ocorrer em horários adequados integrados no horário semanal dos docentes. 

- a existência de funcionários em número suficiente.

- a Escola Pública deve possibilitar a todos “o regresso à escola” quando por qualquer motivo alguém não completou a escolaridade de 12 anos. É necessário reorganizar o ensino noturno para que esse direito se concretize tendo em atenção, nomeadamente os transportes e as escolas onde funcionam. Devem estruturar-se processos de ensino à distância que facilitem o complemento da escolaridade interrompida.

-o fim, mesmo que progressivo, das propinas no ensino superior.

Apesar das dificuldades que resultam da escassez de financiamento, da falta de assistentes operacionais, do desgaste dos docentes, da estrutura de mega -agrupamentos, a Escola Pública ganhou uma qualidade que nos deve orgulhar, mas tem ainda possibilidade de melhorar. Um SPGL Ainda Mais Forte continuará a matriz de sempre do nosso sindicato: a defesa e conquista dos direitos dos professores e educadores está ao serviço da qualidade da escola pública em cuja construção nos empenhamos desde a fundação do SPGL. Um SPGL Ainda Mais Forte lançará um aprofundado debate sobre o que mudar na formação inicial dos docentes, o papel a desempenhar pela formação contínua e o modo como o sindicato deve intervir nestes domínios.


ENSINO PARTICULAR E COOPERATIVO. IPSS. MISERICÓRDIAS

O SPGL tem-se afirmado como o sindicato mais representativo dos docentes destes setores de ensino, incluindo as vertentes do ensino artístico especializado e profissional. Provam-no o recurso que o SPGL tem vindo a fazer junto do Ministério do Trabalho (DGERT) do procedimento que permite a mediação com as direções dos estabelecimentos e instituições com o objetivo de resolução de conflitos laborais. Foi também a intervenção do SPGL junto do Provedor de Justiça que conduziu à alteração do Estatuto de Aposentação que veio permitir o direito à aposentação antecipada aos ex-subscritores da CGA em situação de desemprego de longa duração.

O SPGL tem-se empenhado na negociação de um novo CCT que dignifique a função docente nos Ensinos Particular e Cooperativo, Artístico Especializado e Profissional, fortemente degradada com o acordo celebrado entre a FNE e a AEEP. Na inexistência de um CCT que respeite os professores, o SPGL tem procurado assinar Acordos de Empresa, o que já foi conseguido com alguns colégios e escolas do setor.

Um SPGL Ainda Mais Forte continuará esta intervenção dinâmica na dignificação da função docente nestes setores exigindo:

- a celebração de um CCT que reponha direitos, respeite os docentes e valorize a sua carreira e que não discrimine os docentes do Ensino Profissional relativamente aos docentes de outros setores, principalmente no que respeita à estrutura de carreira e salários, assim como os docentes do Ensino Artístico especializado no que respeita à organização do seu horário letivo semanal, sem prejuízo de adequações decorrentes de especificidades destas modalidades de ensino. 

- o reconhecimento para efeito de progressão na carreira de todo o tempo de serviço prestado noutros estabelecimentos de ensino particular e público.

- a exigência de as verbas necessárias para o funcionamento das escolas com contratos estabelecidos com o M.E serem transferidas atempadamente de modo a permitir o seu normal funcionamento, nomeadamente no que respeita ao pagamento mensal de vencimentos.

- a exigência de um financiamento adequado às necessidades do Ensino Profissional de modo a assegurar a qualidade desta oferta educativa.

Um SPGL Ainda Mais Forte desencadeará uma reflexão e discussão alargadas no que respeita ao ensino artístico especializado sobre o estatuto dos docentes a exercerem funções nesta área de ensino.


DOCENTES das IPSS e das MISERICÓRDIAS

- O SPGL teve papel determinante nas negociações do CCT para as IPSS (publicado em 22/10/2017) e do Acordo Coletivo de Trabalho para as Misericórdias, publicado em 15/10/2016. Um SPGL Ainda Mais Forte continuará a defender estes docentes:

- exigindo a aplicação e cumprimento efetivo das convenções coletivas aplicáveis

-negociando condições de trabalho que se aproximem das condições do ensino público.

Um SPGL Ainda Mais Forte não desistirá de lutar pelo reconhecimento do tempo de serviço dos educadores de infância a exercerem em creche para todos os efeitos, incluindo carreiras e concursos.

Um SPGL Ainda Mais Forte exigirá que o Ministério da Educação passe a titular pedagogicamente as creches.

Um SPGL Ainda Mais Forte exigirá que haja um rigoroso controlo e cuidada fiscalização dos financiamentos públicos a estabelecimentos de ensino privado.


ENSINO SUPERIOR E INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA

1. A asfixia financeira do Ensino Superior Público

Portugal continua a apresentar níveis de investimento no Ensino Superior e na Ciência que ficam abaixo das médias europeias e muito distantes dos objetivos definidos para 2030. A tão alardeada convergência continua a ser uma miragem e continua a não existir uma estratégia integrada para o desenvolvimento deste sector. De resto, esta deverá incluir sempre uma previsão de custos e definição de mecanismos de financiamento, sendo claro que, em qualquer circunstância, é absolutamente crucial reforçar o financiamento estrutural, por via do orçamento do estado (OE), invertendo a tendência de aposta no financiamento competitivo, essencialmente proveniente de fundos europeus.

A redução das transferências do OE para o Ensino Superior tem tido inúmeras implicações, entre as quais a estagnação na carreira,. Também a falta de investimento em equipamentos e na manutenção de edifícios tem prejudicado a qualidade de vida e de trabalho nas instituições do Ensino Superior Público. Nalguns casos, as verbas provenientes do OE não chegam a cobrir 80% das despesas com salários, tendo o resto de ser obtido recorrendo às verbas provenientes das propinas dos alunos e a mecanismos de financiamento competitivo. 

Entretanto, o sufoco financeiro em que as instituições vivem, por imposição de sucessivos governos, impede que a exigência, recentemente introduzida na lei dos graus e diplomas, do cumprimento de rácios mínimos de docentes de carreira para a acreditação de cursos, venha a trazer o benefício de reforço da qualidade científica e estabilidade que potencialmente comporta.


A estabilização e qualificação dos corpos docentes no Ensino Superior Público

A prolongada política de desprezo pela qualificação e estabilidade laboral dos docentes do Politécnico levou à consagração de um regime transitório com vista a reduzir os elevadíssimos níveis de precariedade, que combinou a entrada na carreira com a obtenção das habilitações exigidas pela revisão da carreira de 2009. Esta luta em que o SPGL se empenhou fortemente teve resultados muito positivos, pese embora a falta de condições de apoio à obtenção do doutoramento que se verificou na generalidade das escolas e instituições. Esta luta só ficará completa quando se conseguir que os leitores das universidades portuguesas tenham acesso a um regime transitório visando a sua estabilidade laboral.

A aplicação deste regime transitório contribuiu para um aumento muito significativo do número de professores doutorados no Politécnico, capacitando as instituições para virem a atribuir o grau de doutor. Este passo vai no sentido da concretização de um sistema de Ensino Superior unitário, integrado e diversificado, pelo qual o SPGL e a FENPROF se têm batido.


A desregulação no Ensino Superior Particular e Cooperativo

No Ensino Superior Particular e Cooperativo, em que os níveis de precariedade e a arbitrariedade ultrapassam, muitas vezes, os limites mais impensáveis, e apesar do empenho do SPGL na negociação com o governo de um instrumento regulador da contratação e da carreira, este continua a não cumprir com as suas obrigações, não tendo ainda legislado sobre esta matéria.

Verificam-se abusos nas cargas letivas atribuídas e na contratação a prazo sem limites, o que contraria o estabelecido no Código do Trabalho. Os salários são em geral bastante inferiores aos praticados nas instituições públicas, o que convida os docentes à acumulação. A precariedade e os baixos salários impedem muitos docentes de se dedicarem à investigação. São necessárias medidas destinadas à criação de corpos docentes permanentes em todas as instituições do ensino superior privado, adequadamente dimensionados e qualificados. A negociação e a entrada em vigor de um ACT para este subsector é de grande importância para a qualidade das instituições e para a dignificação da atividade dos seus docentes e investigadores.


Os elevados níveis de precariedade e o PREVPAP

O PREVPAP, programa destinado a combater a precariedade na Administração Pública, tem sido de notória ineficácia, no que toca às carreiras especiais. Num sector há muito necessitado de medidas estruturais de prevenção e correção da precariedade, este programa foi mal concebido e altamente ineficaz, como o elevado número de situações gritantes de precariedade por regularizar comprova. 

O número de instituições privadas sem fins lucrativos (IPSFL) criadas por instituições de Ensino Superior públicas, como forma de contornar alguns dos constrangimentos impostos a toda a Administração Pública, aumentou muito significativamente ao longo dos últimos anos. Para o SPGL, este processo de externalização de funções (outsourcing), frequentemente concretizado na criação de IPSFL que operam unicamente enquanto extensões das instituições a que estão associadas, deve ser objeto de uma regulamentação muito mais restritiva e de uma monitorização mais apertada por parte das autoridades responsáveis. O mesmo se aplica aos casos ainda mais graves de criação, pelas Escolas, de organizações ainda menos transparentes e de carácter puramente empresarial, de que participam na qualidade de acionistas e para as quais transferem várias incumbências suas, gerando situações de incomensurável promiscuidade institucional.

Na Ciência, os níveis de precariedade são dos mais alarmantes, existindo hoje muitos mais investigadores doutorados precários do que integrados na respetiva carreira. Depois dos programas “Ciência” e “Investigador FCT”, acrescenta-se agora o Regime Jurídico do Emprego Científico (DL57/2016) que, à semelhança dos anteriores, não resolve o problema da precariedade. Efetivamente, são imperiosas a revogação da figura do bolseiro de pós-doutoramento e a aplicação da Carta Europeia do Investigador e da Diretiva Comunitária. Doutra forma, as instituições nunca terão incentivos para a contratação de investigadores para a respetiva carreira e estes terão sempre um estatuto de subalternidade face aos docentes. O desinvestimento nos Laboratórios de Estado, cujo futuro é incerto, bem como o funcionamento errático da FCT que inviabiliza quaisquer possibilidades de planeamento a longo prazo, ilustram bem o desnorte que tem caracterizado a Ciência em Portugal.

O SPGL continuará a lutar para que sejam atingidos níveis de sucesso na integração na carreira superiores aos que o PREVPAP apresenta atualmente, sabendo embora que a resolução do problema de fundo da precariedade no Ensino Superior e na Ciência não fica resolvido com programas como este.

O défice de participação democrática e a responsabilidade do RJIES

Nos planos da participação na gestão e da salvaguarda dos valores da liberdade académica e da colegialidade, têm-se verificado grandes recuos na sequência da aprovação, em 2007, de um RJIES que veio introduzir uma concentração de poderes e soluções com base em instituições-fundação de direito privado.

O atraso na democratização do acesso e da frequência do Ensino Superior


No que se refere à democratização do acesso e da frequência do Ensino Superior, objetivo sempre defendido pelo SPGL e pela FENPROF, importa continuar a reclamar medidas que, sem por em causa os elevados níveis de exigência e qualidade que globalmente caracterizam o sistema de Ensino Superior português, removam as barreiras que o impedem, designadamente através do reforço dos apoios sociais diretos e indiretos, sendo particularmente importante a provisão de alojamento adequado e suficiente.


2. Medidas prioritárias defendidas pela Lista S-“Um SPGL ainda mais FORTE”

Não esquecendo a necessidade de, no imediato, conseguir obter os melhores resultados possíveis no PREVPAP e um regime transitório adequado para os leitores das universidades, , a Lista S-“Um SPGL ainda mais FORTE” propõe-se lutar pela concretização das seguintes medidas:

1. Aprovação de um plano financiado pelo OE de abertura de concursos para a base das carreiras, em correspondência com as necessidades das diferentes áreas disciplinares em cada instituição, tendo em conta as aposentações já acontecidas ou previstas, os falsos convidados contratados e outras soluções de recurso para cobrir necessidades letivas permanentes;

2. Desacoplamento dos procedimentos de recrutamento de novos docentes e de promoção às categorias superiores dos docentes em cada instituição, consagrando concursos internos, ou provas de mérito absoluto, que permitam a agilização do reconhecimento das qualificações e competências dos docentes dentro de cada instituição, reforçando, assim, a sua autonomia neste âmbito, sem comprometer a estabilidade financeira das instituições por correrem o risco de empolar os seus efetivos docentes face às suas necessidades;

3. Introdução, a par da condição de obtenção de 6 anos sucessivos com a menção máxima na avaliação do desempenho, de uma outra condição obrigatória para a progressão salarial: um número máximo de anos na mesma posição, escalonado conforme as pontuações das avaliações positivas de desempenho obtidas nos triénios anteriores;

4. Regulamentação de forma mais precisa da figura do docente convidado, separando esta figura da do docente contratado para uma substituição temporária, e obrigar a que a fundamentação de uma contratação de um docente convidado seja publicada em DR em conjunto com o despacho de contratação ou por outro meio igualmente eficaz; 

5. Eliminação da disposição estatutária que permite o concurso de profissionais para a docência sem remuneração.

6. Defender que aos docentes convidados e aos docentes de carreira se aplicam os mesmos limites nas cargas letivas semanais, assegurando que nunca poderão ser ultrapassados os limites máximos definidos na lei;

7. Efetivação do direito à licença sabática.

8. Inclusão dos efeitos da agregação na grelha salarial dos docentes do Politécnico, tal como se verifica, desde 1989, na dos docentes universitários, reforçando assim a equiparação salarial entre as carreiras docentes do Ensino Superior;

9 Aprovação de um diploma regulador da contratação e da carreira dos docentes e investigadores das instituições privadas que assegure a existência de corpos docentes próprios permanentes e qualificados;

10. Negociação com a associação patronal (APESP) de um Contrato Coletivo de Trabalho para o ESPC que garanta condições dignas de carreira e de remuneração para docentes e investigadores. 

11. Atribuição às instituições públicas de Ensino Superior de dotações orçamentais transferidas diretamente do OE que lhes permitam: i) definir com autonomia os seus planos estratégicos e contratar para as suas carreiras de investigação o pessoal necessário para desenvolver as linhas de investigação conforme esse planeamento; ii) apoiar com programas específicos o desenvolvimento e a consolidação da atividade de investigação nas instituições cujos indicadores se encontrem abaixo da média nacional;

12 Concretização da estabilidade dos investigadores integrados no programa “Investigador FCT”, através da aprovação de um diploma regulador da contratação dos investigadores IF e sua integração efetiva nas instituições em que desenvolvem a sua atividade;

13. Revisão do RJIES visando a introdução de medidas que promovam a participação alargada da comunidade académica na gestão, revigorando as condições para o pleno exercício das liberdades académica e de opinião, bem como do princípio da colegialidade das decisões;


14. Aprovação de um quadro legal que reconheça à figura jurídica “Instituição Pública de Ensino Superior” os requisitos de autonomia, em correspondência com o estabelecido no art.º 76.º da Constituição da República Portuguesa, assegurando-lhes as condições necessárias para operar com eficácia, sem abandono do regime público, com as concomitantes eliminação da figura da fundação pública com regime de direito privado, do RJIES, e conversão ao regime público das IPSFL, em regra, para contornar as restrições impostas à Administração Pública em geral).


4. APOSENTADOS


O departamento de Aposentados do SPGL desenvolveu no mandato que agora termina uma qualificada atividade oferecendo aos sócios aposentados um conjunto de iniciativas que lhes tem vindo a proporcionar um “envelhecimento ativo”, culturalmente rico e socialmente gratificante. Ao mesmo tempo que manteve este importante setor informado e atuante nas lutas dos docentes e do movimento sindical unitário, com ativa participação nas organizações de aposentados na FENPROF e da CGTP-IN e da Frente Comum


Um SPGL Ainda Mais Forte continuará a apoiar a atividade do departamento de Aposentados, nomeadamente:

- na participação dinâmica nas estruturas sindicais com que já trabalha e outras estruturas de aposentados e pensionistas, possibilitando a inserção nas lutas dos aposentados por melhores direitos sociais, nomeadamente a defesa e consolidação da ADSE ,o alargamento e melhoria dos apoios á saúde, a exigência de aumentos anuais e de anulação do fator de sustentabilidade, a definição de um verdadeiro Plano Nacional sobre o Envelhecimento e Dependência que, entre outras questões, concretize o alargamento de estruturas de apoio a toda a população idosa, facilita a mobilidade, responsabilize o Estado pela consagração do direito à proteção na eventualidade de dependência. 

- no projeto “O meu livro quer outro livro”, que tem proporcionado aos sócios do SPGL, e particularmente aos aposentados, um contacto com nomes grandes da nossa literatura e personalidades de destaque na vida democrática.

- na realização de iniciativas culturais.


5. REFORÇAR O SPGL

A ligação do nosso sindicato às escolas, característica que tem mantido apesar das dificuldades que a atividade sindical atravessa, uma forte dinâmica reivindicativa, um eficiente apoio aos sócios e uma informação atualizada permitem que o SPGL tenha, ao longo do último mandato, estabilizado o número de sócios ativos, que sofreu mesmo um ligeiro aumento. Um SPGL Ainda Mais forte manterá esta característica do SPGL procurando aumentar o número de sócios, sobretudo através de dinâmicas campanhas de sindicalização, de ações de formação próprias, do desenvolvimento de formas de auscultação dos professores sobre a atividade reivindicativa. É necessário melhorar a rede de delegados e ativistas sindicais de modo a poder ser reativada a Assembleia de Delegados Sindicais.

Uma gestão financeira criteriosa permitiu ao SPGL superar as dificuldades resultantes da crise económica de 2010-2014. O SPGL tem uma situação financeira estável, com pleno respeito pelos direitos laborais dos seus trabalhadores. Um SPGL ainda mais forte manterá uma política de gestão financeira cuidada, sem prejuízo da dinamização da atividade sindical.

A nossa lista manterá a prática de um funcionamento interno democrático, com respeito pleno dos estatutos que garantem a liberdade de expressão, de organização de tendências representadas no Conselho Geral (eleito pelo método de Hondt) e de respeito por todos os sócios, independentemente das suas opções políticas e religiosas.

A nossa lista manterá a prática que fez do SPGL um sindicato aberto ao diálogo e à cooperação com outros sindicatos e com outras organizações sociais que convirjam no objetivo de uma sociedade mais justa, mais igualitária e mais democrática. Nomeadamente, reforçará a colaboração que tem mantido com os movimentos que lutam por soluções climáticas que defendam o planeta, questão de que o movimento sindical não pode alhear-se. 

Um SPGL Ainda Mais Forte continuará a atividade cultural desenvolvida pelo ESPAÇO ABC (António Borges Coelho), cuja qualidade tem contribuído para o prestígio que o SPGL granjeia na sociedade. 

Um SPGL Ainda Mais Forte continuará a desenvolver as Jornadas Pedagógicas do SPGL, como momentos de formação pedagógica e de desenvolvimento cultural e cívico.


REFORÇO DA FENPROF E DO MOVIMENTO SINDICAL UNITÁRIO

Um SPGL ainda mais forte continuará a participar ativamente no seio da FENPROF na definição das grandes linhas de intervenção sindical e na definição das linhas de atuação no plano internacional, sem prejuízo da sua intervenção enquanto SPGL quando para tal achar conveniente ou for solicitado.

Com a nossa lista, o SPGL manterá as relações de trabalho solidário com a CGTP-IN e com a Frente Comum na luta conjunta pela defesa dos direitos dos trabalhadores, na luta contra a desvalorização dos salários, nomeadamente exigindo aumentos salariais anuais que no mínimo cubram o valor da inflação.

Confiamos no voto dos sócios do nosso sindicato para construirmos UM SPGL AINDA MAIS FORTE