A CGTP ao considerar a igualdade entre mulheres e homens, como um dos seus objetivos centrais e prioritários promove, para o dia 8 de março, um conjunto de ações públicas a nível nacional, apelando à participação de todos no combate às desigualdades e às formas de discriminação que continuam, persistentemente, a dificultar as condições laborais, sociais e familiares na vida da mulher, condicionando ou mesmo impedindo o seu direito à felicidade.
A importância desta luta, sob o lema “Avançar na Igualdade – Com Emprego de Qualidade!” deverá levar os sindicatos a mobilizar forças para, durante todo o ano, continuar e intensificar a luta pelos direitos da Mulher.
O Dia Internacional da Mulher assim designado pelas Nações Unidas a 8 de março de 1975, lembra as conquistas sociais, políticas e económicas das mulheres, já com uma longa história de luta, nomeadamente a partir da Primeira Grande Guerra.
No nosso país, não obstante a evolução e os progressos alcançados, no plano legislativo, as desigualdades de oportunidades e de tratamento das mulheres face aos homens, quer no setor laboral quer na sociedade, não só não foram eliminadas, como há fortes e claros sinais de retrocesso.
Ao mesmo tempo que muitos e velhos problemas continuam por resolver e muitos direitos permanecem por cumprir, emergem novos e preocupantes questões, agora relacionadas com a vaga de violência que se tem abatido sobre as mulheres e que põem em causa a sua segurança e, nalguns casos, o seu direito à vida.
Sobre o trabalho feminino e segundo um estudo levado a cabo pela CGTP, as mulheres trabalhadoras estão cada vez mais sujeitas à desregulação da vida laboral, com implicações negativas na organização da sua vida pessoal e familiar e na sua saúde progressivamente afetada pela intensificação e prolongamento dos horários e ritmos de trabalho. Em Portugal as mulheres trabalhadoras representam 70% no total das doenças profissionais, sendo a maioria das incapacidades resultado de lesões músculo-esqueléticas.
Além de continuarem a ganhar menos que os homens, a ocuparem a maioria dos empregos precários e a somarem às horas de trabalho laboral mais horas diárias que os homens, nas tarefas familiares com a casa, filhos e dependentes idosos, as mulheres são também as principais vítimas de assédio patronal.
Assim, no trabalho, na rua, junto com a Comissão para a Igualdade entre Mulheres e Homens da CGTP-IN e demais organizações e instituições que lutam pela defesa dos direitos da Mulher é imperioso intervir com todas as formas ao nosso alcance para alterar a atual situação da mulher conferindo e respeitando os seus direitos à dignidade profissional, à segurança, à proteção, ao direito de ser mulher cidadã em liberdade.
No dia 8 de março estaremos em:
· Santarém - 11h00 às 14h00: Ação Pública no Largo Cândido dos Reis, em Santarém.
· Lisboa - 14h30: Tribuna Pública de Canto e Luta, na Rua do Carmo (Rossio), em Lisboa - Com a participação do secretário-geral da CGTP-IN.
· Setúbal - 16h00: Concentração e desfile, da Praça do Bocage até à Tribuna Pública, no Largo da Misericórdia, em Setúbal.
Esta será uma área que valorizaremos no nosso trabalho futuro.
Por um SPGL ainda Mais Forte!
Natália Bravo
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