sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

SPGL e Academia de Música de Almada celebram acordo de empresa

Na sequência, dos últimos contratos coletivos de trabalho celebrados entre a AEEP e a FNE, as condições de trabalho dos docentes dos ensinos particular e cooperativo, artístico e especializado e profissional têm vindo a agravar-se de forma muito acelerada, principalmente no que respeita aos seus horários de trabalho e às suas remunerações.
O SPGL, no âmbito da negociação coletiva da FENPROF, não se conforma com aquele regime de trabalho imposto aos docentes que desrespeita a natureza da sua função. Face à inflexibilidade da associação patronal em negociar um novo C.C.T. com normas mais justas e adequadas do trabalho docente, o SPGL está a tentar celebrar acordos de empresa (AE) com estabelecimentos de ensino particulares e cooperativos, incluindo escolas de ensino artístico especializado e ensino profissional, que não se revejam no CCT em vigor e queiram, de facto, proporcionar boas condições de trabalho aos seus profissionais, fator fundamental para garantir a qualidade do ensino ministrado.
Graça Sousa e Deolinda Fernandes
(Dirigentes Sindicais do EPC, IPSS
e Mutualidades do SPGL)
Neste sentido, o SPGL e a Academia de Música de Almada assinaram no dia 20 de dezembro de 2018, o primeiro Acordo de Empresa, provando que outras soluções são possíveis, contribuindo desta forma para a valorização da função docente no Ensino Artístico Especializado.
Com este acordo conseguimos assegurar melhores condições de trabalho para os docentes, nomeadamente horário de trabalho letivo igual ao aplicado no ensino público, com uma componente letiva de 22 horas a que correspondem 1100 minutos, clarificação do que pode ser considerado na componente letiva e na não letiva de estabelecimento, de acordo com a especificidade da função docente neste setor de ensino e aumento do tempo para a componente não letiva do trabalho a nível individual. Manutenção da carreira de 34 anos prevista no C.C.T. de 2011, cujo valor de ingresso passa para os 1200 euros e o valor do topo para 3050 euros, sem qualquer constrangimento para se chegar ao topo e reconhecimento do tempo de serviço prestado em outros estabelecimentos de ensino particular ou público para efeitos de progressão na carreira.
Este acordo de empresa constitui, igualmente, o que julgamos ser o princípio de uma caminhada que se pretende fazer com outros estabelecimentos de ensino artístico especializado que têm a mesma preocupação e objetivo no que se refere à existência de um quadro legal que contribua manifestamente para a dignificação da função docente neste setor de ensino.
Lisboa, 21 de dezembro de 2018
#umspglaindamaisforte

Bonificação? Qual bonificação

A declaração do Ministro da Educação informando que em reunião do Conselho de Ministros de ontem, foi aprovada "a bonificação de dois anos e nove meses" de tempo de serviço docente, faz-me lembrar outros tempos.
Outros tempos em que havia salários em atraso e subsídios de férias e de Natal em dívida.  Curiosamente também por alturas do Natal – o patrão chamava os trabalhadores, não para lhes pagar o que lhes devia, nem calendarizar o pagamento das dívidas - mas para lhes dar (cito) “umas prendas”, “qualquer coisinha”, “pouco mas de boa mente”.

Bonificação?! Qual bonificação?
É trabalho efetivamente prestado. 
Foram 9 Anos 4 Meses e 2 Dias. 
É nosso, por direito. 
TODO!
M. Micaelo
#umspglaindamaisforte
@umspglaindamaisforte

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

9A 4M 2D: NÃO DESISTIMOS! HAVEMOS DE VENCER!


A contagem integral do tempo de serviço “roubado” para a progressão na carreira foi, talvez, o tema dominante. Mas não foi o único. As caixas vazias – simbolizando o vazio que resultou das negociações com o M.E. ao longo destes anos – diziam também: Gestão Democrática, A Cada Necessidade Permanente um Vínculo Estável, Condições de Trabalho Adequadas, Aposentação aos 36 Anos de Serviço, Horários Justos Legais, Autonomia sem Municipalização, ou seja, davam corpo às reivindicações dos docentes que a inércia e incapacidade do governo tornaram expectativas, por enquanto frustradas mas pelas quais não deixaremos de lutar. Carregando este vazio, professores, mobilizados pelos sindicatos da FENPROF, deslocaram-se do Ministério da Educação para as instalações do Conselho de Ministros onde se presumia que fosse aprovada a legislação que nos rouba 6 anos e meio do nosso tempo de trabalho – o que veio a suceder. As caixas que entregamos estavam vazias; a luta dos professores e educadores dar-lhe-á conteúdo.


O SPGL esteve presente com um significativo número dos seus dirigentes e delegados sindicais.

Obviamente, não nos damos por vencidos: a partir de janeiro retomaremos a luta. Temos razão, portanto não nos calaremos!

#umspglaindamaisforte
@umspglaindamaisforte

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

PROFESSORES EXIGEM RESPEITO E JUSTIÇA

20 DE DEZEMBRO | LISBOA | 11H00


Concentração no Ministério da Educação – c/ deslocação para a Presidência do Conselho de Ministros

O governo vai demonstrando cada vez mais intransigência e inflexibilidade, pois desde o primeiro momento a sua postura é da não contagem do tempo de serviço, contrariando a lei e a justiça. 

Ficou claro que o governo vê qualquer proposta para a total recuperação do tempo de serviço como uma cedência, demarcando-se completamente do que aconteceu nas regiões autónomas, acusando ainda os sindicatos de usarem esse argumento apenas para justificar as suas propostas, ignorando que esta é uma questão de lei, de justiça, de respeito, de equidade e de tratamento igual a todos os professores deste país.

Face a esta postura os professores têm, mais uma vez, de demonstrar a sua força, estando presentes na concentração de dia 20, exigindo que todo o nosso tempo de serviço seja contado.

É preciso manter forte a pressão!
Seremos cada vez mais fortes!

#umspglaindamaisforte
@umspglaindamaisforte



NOTA À COMUNICAÇÃO SOCIAL

CONTAGEM INTEGRAL DO TEMPO DE SERVIÇO

Governo mantém inflexibilidade e intransigência,
Professores lutarão contra a injustiça e a discriminação!

A reunião de negociação suplementar, requerida pelas organizações sindicais de docentes, realizada hoje, 18 de dezembro, confirmou a posição inflexível e intransigente de um governo que, à margem da lei, insiste em apagar 6,5 anos de trabalho cumprido pelos professores. E nem o facto de nas Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores o tempo ser integralmente contabilizado, acentuando a discriminação imposta a quem exerce funções no continente português, levou o Governo da República a alterar uma posição que, ao longo de um ano de negociações, manteve inamovível. Soube-se hoje, pelos representantes da Educação e das Finanças, que cumprir a lei e contar todo o tempo de serviço aos professores constituiria uma “cedência” que o governo não estava disposto a assumir.

No sentido de desbloquear a situação e encontrar uma saída legal e justa para o problema criado, os sindicatos apresentaram uma proposta concreta que passava pela aplicação, ao continente, da solução aprovada na Região Autónoma da Madeira, com a possibilidade de, por opção, os professores poderem utilizar tempo de serviço para a dispensa de vaga no acesso aos 5.º e 7.º escalões da carreira ou para efeitos de aposentação. Porém, o governo recusou.

Admitiram, ainda, os sindicatos que a solução passasse por introduzir mais um artigo, com dois pontos, no Decreto-Lei proposto pelo governo. O primeiro garantiria que o tempo prestado para além dos 2 anos, 9 meses e 18 dias seria recuperado a partir de 2020, em termos a negociar posteriormente; o segundo permitiria que, por opção, os professores pudessem utilizar esse tempo para efeitos de aposentação. O governo também recusou.

Na sequência da reunião, a Senhora Secretária de Estado Adjunta e da Educação afirmou que o governo não podia aceitar a proposta dos sindicatos porque isso iria comprometer os próximos governos com um pesado caderno de encargos que poria em causa o futuro. Uma afirmação estranha vinda de quem, no início da negociação, há um ano, pretendia que a recuperação só se iniciasse em 2020, ou seja, já na próxima Legislatura e com o próximo governo.

Entretanto, foi, ainda, divulgado um comunicado conjunto das Finanças e da Educação, que, entre outros equívocos, contém dois que não podem passar em claro:
- Contrariamente ao que é afirmado, o processo negocial que hoje se concluiu não foi, porque não poderia ter sido, ao abrigo do disposto na Lei do Orçamento do Estado de 2019, simplesmente porque este ainda não está em vigor, aliás, nem sequer foi promulgado pelo Senhor Presidente da República;
- A mentira de que os professores, até 2023, teriam um aumento acumulado de 19%. Esta é uma falsidade agora repetida com a qual o governo pretende isolar os professores da opinião pública. As organizações sindicais de docentes repudiam este tipo de procedimento do governo, que passa pelo recurso à mentira para atingir fins ilegítimos. O que é verdade é que a maioria dos professores não terá outra valorização que não seja a que terão todos os funcionários públicos: os docentes contratados não terão qualquer valorização, tal como os que se encontram no topo da carreira; aos restantes professores aplicam-se as regras gerais de descongelamento das carreiras, mas com a diferença, em relação aos demais trabalhadores da Administração Pública, de o mesmo não respeitar a contagem integral do seu tempo de serviço.

Face à situação criada, as organizações sindicais de docentes hoje reunidas, decidem:
- Manter, a partir de 3 janeiro, a greve a toda a atividade que não se encontra prevista no horário de trabalho, dinamizando a participação dos professores na mesma e avançando com ações em tribunal em todos os casos em que forem efetuados descontos aos docentes que aderiram a esta greve nos meses de novembro e dezembro;
- No primeiro dia de aulas do 2.º período, 3 de janeiro, pelas 12 horas, entregar ao governo, em mão, um pedido de abertura de negociações, dando cumprimento ao disposto na Lei do Orçamento do Estado para 2019;
- Também nesse primeiro dia de aulas, lançar um abaixo-assinado/petição, nas escolas, exigindo a abertura de negociações das quais resulte a contagem integral do tempo de serviço dos professores, com o objetivo de deixar absolutamente claro que os professores não abdicarão do tempo que cumpriram;
- Por último, se, em 2019, durante o mês de janeiro, o governo não abrir um novo processo negocial e nele não respeitar todo o tempo de serviço cumprido pelos professores, assim como, continuar a ignorar a necessidade de serem tomadas medidas que permitam a aposentação dos professores, os segundos mais velhos de toda a União Europeia, a regularização dos horários de trabalho e a resolução do problema da precariedade, que mantém um nível elevado, as organizações sindicais de docentes convocarão uma Manifestação Nacional de Professores, que pretendem maior que qualquer uma realizada na última década, greve ou greves de professores a realizar até ao final do ano, bem como outras ações – relativamente às quais já se iniciou a discussão – que poderão levar ao bloqueamento do normal desenvolvimento do ano letivo.

Lisboa, 18 de dezembro de 2018

As organizações sindicais

ASPL – FENPROF – FNE - PRÓ-ORDEM – SEPLEU
SINAPE – SINDEP – SIPE – SIPPEB – SPLIU

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

À Espera do Ministro da Educação na Escola Secundária Gomes Ferreira (Benfica).
O tempo tem de ser TODO recuperado! 
"Desistir" não faz parte do nosso vocabulário!

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Marcos Pinheiro

Entrega de Postais de Apoio da população à luta dos professores.

Foram entregues na Presidência do Conselho de Ministros mais de 22000 postais.
A população  valida a luta dos professores pela recuperação dos 9A 4M e 2D e pede maior investimento na Escola Pública.


Ricardo Bolou e Manuel Micaelo (atual vice presidente do SPGL e Coordenador Nacional do 1º Ciclo da FENPROF)

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Não à discriminação!



Não admitiremos qualquer solução que apague tempo de serviço aos professores e educadores; não admitiremos que, depois de discriminados em relação à generalidade dos trabalhadores da Administração Pública, os professores que exercem atividade no continente sejam discriminados em relação aos seus colegas que trabalham nas regiões autónomas da Madeira e dos Açores, cujos governos demonstraram respeitar os seus professores, ao contrário do governo de Lisboa.

sábado, 1 de dezembro de 2018

Exigimos respeito!

Na Região Autónoma da Madeira já foi aprovada a recuperação integral do tempo de serviço dos docentes.
Sabe-se agora que na Região Autónoma dos Açores também vai ser recuperado, na íntegra, o tempo de serviço dos professores.
É intolerável que os docentes que exercem a sua função no Continente Português sejam discriminados.
Reafirmamos: seja na Região Autónoma da Madeira, na Região Autónoma dos Açores ou em Portugal continental, o tempo de serviço é para ser contado TODO!

Manuel Micaelo